A desumanização ocorre enquanto o silêncio se atravessa Na minha garganta como uma adaga. Cresce um feto de ausência no meu ventre. Um grito que afaga as palavras que não te trazem De volta. Como um rasgar de serenidades. Quem és tu, afinal? Quem o rosto impassível que me observa Enquanto despojos de mim surgem nas águas improváveis. Tu não estás mais aqui. A vida corre como uma gozação do Universo, Uma comédia negra de Deus. E o dia morre na noite, nada mais sobra. Tu não estás mais aqui. Contigo a poesia fria nascida de affair clandestino entre as estrelas e o mundo, Finge seduzir o meu corpo frígido. As letras caem das minhas feridas abertas. Não tenho como purgar o coração esquecido Nas brumas de outrora. E tu. Não. Estás. Mais. Aqui.
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