Exponho a pele frágil ao escrutinar implacável da competência do destino.
Existe amargura no incumprimento de promessas, no finalizar de juventudes
que se afogam na mediocridade de se ser tão humano.
A estupidez grassa no verde da impaciência. Das paredes pendem
quadros de tintas negras em variados tons de lamento.
A arte seca, esquecida, no canto mais afastado do quarto.
O mundo move-se lânguido. O mundo que abandona diariamente
crianças nos braços famintos da podridão.
Exponho a pele frágil ao escrutinar implacável da competência do destino.
Existe ternura no sonho que espreita no mais cinzento dos passeios.
A sensualidade nasce nas palavras inusitadas de um estranho.
Possibilidades desconhecidas que se desnudam lentamente
e dançam embriagadas. Deliciosamente vãs.
A luz perdura no mais profundo breu.
A onda aproxima-se da minha psique.
Derruba-me. Sufoco. Tenho medo. Tenho tanto medo.
A onda aproxima-se.
Venço. Retenho-a. Afasto-a.
A onda reaproxima-se.
Sei que um dia a vou transformar em espuma e serenidade.
Exponho a pele frágil ao ressurgir imprevisível da onda.
A luz perdura no mais profundo eu.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
A onda
Publicada por fairy_morgaine à(s) 23:36
Etiquetas: Cinza Negrume
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3 Comments:
Abraço-te minha Fada.
Enquanto é gratuito o ser, condeno-me a ler-te como não leio ninguém, mais ninguém .
Guarda-me .
olá boa noite, como eu cresço quando te leio ou releito, como me fazes crecer, neste meu nascimento, de uma vida nova,
abraço apertado
Fernando
Bem...
E apeteceu-me ler mais um...
E apercebi-me de que TENHO de ler o blog todo...
É de espaços assim que a blogosfera precisa... ;)
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