O coração cede perante a avalanche de sentimento que brota do mais profundo do meu âmago. Olho-te com os olhos que a vida secou com gestos bruscos. Cobres-me a pele de beijos e os dedos de estrelas. O tempo reverte o desfilar dos planetas. A mente silencia-se e tudo o que sinto é o som do sangue a ferver-me nas veias. Os lábios entreabrem-se para beber de ti, com a sede de anos em que aprendi a calar o coração. Prendes-me as mãos com laços de seda e pétalas de rosa. Prendes-me a mente na tortura mais benigna, na perda mais deliciosa de consciência. Sinto o corpo a arder de fome das carícias do som da tua voz. Invadiste a minha vida, o ciclo interminável de nada. Simplesmente invadiste-me. A loucura de um sonho, de uma noite interminável. Nasceste de um cometa que atravessou o meu céu. Cubro-te os lábios de sussurros, as mãos de beijos, o rosto de um mar de abandono. Esqueço como guardar o coração. Esqueço-me de como me defender. Esqueço-me da manhã. Tudo o que tenho é a noite a sorrir-me por entre estrelas que sabem do nosso destino e não contam.
Subscribe to:
Enviar feedback (Atom)
1 Comment:
Still i call it magic.
Magica das palavras *
Post a Comment