Alinho as dificuldades, as contrariedades, as necessidades,
recomendações, travessões, contradições.
Direcções equidistantes do que chamamos uma vida.
Um clamor ergue-se. Perceciono as vertigens,
os pólos invertidos.
Investidos, vestidos com que me mascaro.
Punhais dentro das gavetas a aguardarem
o seu destino. Famintos.
Devolve-me as palavras.
Os meus pés não pisam o chão,
oblíqua.
Vítima, presa, carrasco.
Um balão de oxigénio num dia quente de Verão.
Uma onda, um portão, um caminho
sem passos. Uma linha sem orientação.
Chegou uma carta, era a minha escrita.
Do futuro, para ti.
O que dizia, não sei.
Talvez um poema do fim.
domingo, 21 de abril de 2024
Carta
Publicada por fairy_morgaine à(s) 22:17 0 comentários
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