domingo, 30 de janeiro de 2011

Red Riding Hood

Sinto o teu coração inverter as cores com que gravei as ideias,
as noções e a ternura. Expludo e impludo na ponta dos teus dedos,
na curva dos teus lábios, na curiosidade erótica da tua língua.
O mundo fora das linhas do ser deixa de ter regras, indefino a máscara
com que me oculto dos outros. Deixo-a cair a teus pés.
Esta sou eu. A raposa. A fada. E o capuchinho. Vermelho rubro
de paixão com que me devoras. Submerjo nas tuas palavras,
nos silêncios, nas partilhas e nas emoções.
No caos da identidade questiono e requestiono as ideias, as conclusões,
as imagens e os sentimentos. E unifico-me.
Abarcas-me inteira. Queimas-me a pele e a alma.

4 Comments:

a. said...

Leio-te amor. Leio-te desejo. Leio-te sonhos. Leio-te raiva. Leio-te a empurrar e a puxar. Leio-te tormentos. Leio-te respostas. Leio-te lendo-me.

Gosto de ler.. de te ler.

AndréGomes said...

Fada, parabéns. Hoje o dia é Teu .

Hoje a poesia és Tu.

Daniel Aladiah said...

Querida Sílvia
Parece que lutas pelo reencontro de ti contigo. Não deixes de o tentar, até porque sem ti, não sei o que farás. Quanto aos outros, vêm depois... de ti.
Um beijo
Daniel

Luís Filipe C.T.Coutinho said...

Bom voltar a ler-te. Perdoa-me a ausência.


beijos